piedoso e humilde, a conviver com o
tempo, aproximando-se dele com
ternura, não contrariando suas
disposições, não se rebelando contra o
seu curso, não irritando sua corrente,
estando aberto para o seu fluxo,
brindando-o antes com sabedoria para
receber dele os favores e não a sua ira;
o equilíbrio da vida depende
essencialmente deste bem supremo, e
quem souber com acerto a quantidade
de vagar, ou a de espera, que se deve
pôr nas coisas, não corre nunca o risco,
ao buscar por elas, de defrontar-se
com
o que não é.”
- Raduan Nassar, in: Lavoura arcaica,
1975.
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